O Papa Francisco, de 88 anos, apresentou uma "leve melhora" após a realização de exames de sangue, conforme informou o Vaticano na tarde desta quarta-feira (19). Internado desde a última sexta-feira (14) no Hospital Gemelli, em Roma, o pontífice foi diagnosticado com uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, que evoluiu para uma pneumonia bilateral. Apesar da complexidade do quadro clínico, os índices inflamatórios mostraram sinais positivos, indicando uma resposta favorável ao tratamento.

Na manhã de hoje, Francisco manteve sua rotina habitual dentro das limitações hospitalares: leu jornais e realizou algumas atividades de trabalho em sua suíte na décima ala do Hospital Gemelli, área reservada para o atendimento papal. O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, afirmou que o Papa "passou uma noite tranquila" e que seu estado de saúde é estável. No entanto, todos os compromissos oficiais foram suspensos até o próximo domingo (23), incluindo a audiência jubilar prevista para sábado (22) e a missa dominical, que será presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, prefeito do Dicastério para a Evangelização.

Na tarde desta quarta-feira, o Papa recebeu a visita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. O encontro ocorreu de forma privada e durou cerca de 20 minutos. Meloni relatou que encontrou Francisco "alerta e desperto" e que ambos "brincaram como sempre". A visita da primeira-ministra destaca a importância do Papa não apenas para a Igreja Católica, mas também para a política e a sociedade italianas.

A saúde do Papa Francisco tem sido motivo de atenção nos últimos anos. Além da atual infecção respiratória, ele sofreu duas quedas recentes em sua residência no Vaticano: em dezembro, bateu o queixo na mesa de cabeceira; e em janeiro, machucou o braço direito, necessitando imobilizá-lo por precaução. Além disso, enfrenta dores crônicas no joelho, que o obrigam a usar cadeira de rodas ou bengala em algumas ocasiões. Quando jovem, Francisco teve parte de um pulmão removido devido a uma infecção, o que o torna mais suscetível a problemas respiratórios.

Especialistas médicos consultados indicam que a pneumonia bilateral, especialmente em pacientes idosos, é uma condição séria que requer monitoramento constante. No entanto, o fato de o Papa estar respirando sem assistência e mantendo suas funções cardíacas estáveis são sinais encorajadores. O tratamento inclui antibióticos, esteroides e oxigênio suplementar, com os médicos observando de perto sua resposta terapêutica. As próximas 72 horas são consideradas cruciais para avaliar a evolução do quadro clínico do pontífice.

A hospitalização de Francisco ocorre em um momento significativo para a Igreja Católica, no início do Ano Jubilar de 2025, que prevê uma série de eventos e celebrações. A saúde do Papa é, portanto, fundamental para a condução das atividades programadas. O Vaticano ainda não divulgou informações sobre possíveis alterações na agenda jubilar em decorrência da condição de saúde do pontífice.

A comunidade internacional tem demonstrado solidariedade ao líder da Igreja Católica. Diversas mensagens de apoio e votos de pronta recuperação foram enviadas por líderes religiosos, chefes de Estado e fiéis ao redor do mundo. O Vaticano expressou agradecimento pelas manifestações de carinho e pediu que os fiéis continuem em oração pela saúde de Francisco.

Enquanto permanece sob cuidados médicos, o Papa Francisco continua a acompanhar os assuntos da Igreja e do mundo. Mesmo hospitalizado, ele tem sido informado regularmente sobre questões importantes e mantém comunicação com seus assessores mais próximos. A dedicação do pontífice ao seu papel pastoral e administrativo reflete seu compromisso inabalável com a missão que lhe foi confiada.

A expectativa é de que novas atualizações sobre o estado de saúde do Papa sejam divulgadas pelo Vaticano nos próximos dias. A comunidade global permanece atenta e esperançosa pela recuperação completa de Francisco, cujo papel como líder espiritual e figura influente no cenário internacional é amplamente reconhecido.