• Curitiba, 03/03/2025
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Lula Declara Estar 100% Curado, Alfineta o Mercado e Sai em Defesa de Gleisi e Janja — Mas Admite que o PT Precisa Mudar"?

Em entrevista polêmica, Lula fala sobre sua recuperação, critica a pressão do mercado financeiro, defende Gleisi Hoffmann e Janja, e revela a necessidade de mudanças no Partido dos Trabalhadores.

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Lula Declara Estar 100% Curado, Alfineta o Mercado e Sai em Defesa de Gleisi e Janja — Mas Admite que o PT Precisa Mudar Presidente Lula discursa durante evento de 45 anos do PT no Rio de Janeiro, abordando temas como economia, democracia e o futuro do partido. Créditos da Foto: Divulgação / Presidência da República

No último sábado (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da celebração dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio de Janeiro. Durante o evento, realizado no Armazém 3 do Píer Mauá, Lula abordou diversos temas, incluindo sua recuperação de um recente acidente doméstico, críticas ao mercado financeiro e às big techs, defesa de figuras como Gleisi Hoffmann e Janja, além de destacar a necessidade de renovação dentro do PT.

Lula iniciou seu discurso tranquilizando os presentes sobre sua saúde, após sofrer uma queda no banheiro que resultou em um ferimento na cabeça. Com bom humor, afirmou: "Graças a Deus, o Lulinha tá 100% curado da cabeça". A declaração foi recebida com aplausos e manifestações de apoio dos militantes presentes.

Em seguida, o presidente direcionou críticas ao mercado financeiro e às grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs. Lula enfatizou a importância de o Brasil manter sua soberania e não se submeter às pressões externas, especialmente de países que tentam influenciar a política nacional. Sem mencionar nomes específicos, fez referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que ele "não foi eleito para ser xerife do mundo". Lula destacou que cabe aos brasileiros governar o Brasil e que nenhuma plataforma digital ou líder estrangeiro ditará os rumos do país.

O presidente também aproveitou a ocasião para elogiar a atuação de Gleisi Hoffmann à frente do PT. Lula relembrou momentos em que a liderança de Gleisi foi questionada dentro do partido, mas ressaltou sua capacidade de comunicação interna e defesa dos ideais petistas. "O bom presidente do PT é aquele que sabe falar com as pessoas de dentro do partido", afirmou. A expectativa é que Gleisi possa assumir um cargo ministerial na próxima reforma prevista para o início de março.

Rosângela Silva, conhecida como Janja e primeira-dama, também foi mencionada no discurso. Lula defendeu sua esposa das críticas que vem recebendo, sugerindo que os ataques a ela são, na verdade, uma tentativa de atingi-lo indiretamente. Encorajou Janja a continuar seu trabalho com determinação, afirmando que em sua casa "é proibido proibir". Lula destacou a importância de Janja manter-se firme em suas convicções, mesmo diante das adversidades.

Um ponto central do discurso foi a reflexão sobre o futuro do PT. Lula enfatizou a necessidade de o partido se reinventar e voltar às suas raízes, promovendo debates políticos nos locais de trabalho, nas comunidades e nas periferias. "Precisamos voltar a discutir política dentro das fábricas, nos locais de trabalho da cidade e do campo. É preciso voltar a dialogar com a periferia, percorrer o Brasil, dialogar com as igrejas, ocupar de novo as ruas", declarou. Para ele, a presença constante junto à população é fundamental para que o PT não se torne apenas mais um partido político que aparece apenas em períodos eleitorais.

Lula também expressou insatisfação com a comunicação interna do governo. Revelou que, em uma reunião ministerial realizada recentemente, percebeu que nem todos os ministros estavam cientes das ações e projetos em andamento. "Descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos", lamentou. O presidente destacou a importância de uma comunicação eficaz para que as realizações do governo sejam conhecidas e defendidas pela militância e pela população em geral.

A celebração dos 45 anos do PT contou com a presença de diversas lideranças políticas, ministros e representantes de movimentos sociais. Além dos discursos, o evento incluiu debates sobre os desafios do partido e do Brasil, abordando temas como a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), que será sediada no país em breve. Apresentações culturais e uma feira de economia solidária também fizeram parte da programação, reforçando o compromisso do PT com a cultura e a inclusão social.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também discursou durante o evento, destacando a importância de se combater a alta nos preços dos alimentos, que tem sido uma preocupação constante do governo. Ela atribuiu o aumento dos preços à especulação cambial, ao crescimento das exportações e às mudanças climáticas, e garantiu que o governo está empenhado em enfrentar esse desafio. Gleisi reforçou a necessidade de uma reforma tributária que assegure que os mais ricos paguem impostos justos sobre seus lucros e dividendos, contribuindo para a redução das desigualdades no país.

O evento também foi marcado por manifestações da militância contra qualquer possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Lula reforçou que aqueles que cometeram crimes contra a democracia serão julgados e, se considerados culpados, condenados conforme a lei. "Eles agora estão pedindo anistia, nem foram condenados, já querem ser anistiados. Eles deveriam estar pedindo era inocência, sabe, e não pedir anistia. Eles vão ser julgados, se tiverem culpa, vão ser condenados", afirmou o presidente, enfatizando o compromisso do governo com a justiça e a defesa do estado democrático de direito.

Ao concluir seu discurso, Lula convocou a militância a intensificar a defesa da democracia e a combater as notícias falsas que circulam, especialmente nas redes sociais. Enfatizou que a verdade e a transparência são armas essenciais na luta política e que o PT deve estar na linha de frente na promoção de um debate público saudável e informado. O presidente reafirmou seu compromisso com as causas populares e com a construção de um Brasil mais justo e igualitário para todos.
















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