Cinco Torcedores Identificados Após Violenta Briga no Paraná que Deixou Feridos
Confronto entre torcidas organizadas resulta em feridos e mobiliza autoridades para investigação no Paraná.
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Na noite de 6 de fevereiro de 2025, Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi palco de uma violenta briga entre torcidas organizadas que resultou em quatro feridos. O confronto envolveu membros das torcidas "Império Alviverde" (Coritiba), "Mancha Verde" (Palmeiras) e "Camisa 12" (Corinthians). Cinco homens, com idades entre 22 e 32 anos, foram identificados pela Polícia Civil como participantes ativos do tumulto. Embora não tenham sido presos, eles estão sujeitos a medidas cautelares que incluem a proibição de frequentar estádios de futebol e suas imediações em dias de jogos.
O incidente ocorreu por volta das 23h, nas proximidades da sede da torcida "Camisa 12", localizada no bairro Nova Rússia. De acordo com relatos, torcedores das organizadas "Mancha Verde" e "Império Alviverde" se dirigiram ao local portando fogos de artifício, pedaços de madeira e barras de ferro, iniciando um confronto com os membros da torcida corintiana. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar, encontrou uma cena caótica, com diversos indivíduos envolvidos na briga e relatos de disparos de arma de fogo. Apesar da dispersão dos envolvidos, não houve detenções imediatas.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil revelaram que quatro homens, residentes em Curitiba e Apucarana, deram entrada em unidades de saúde locais com ferimentos variados: dois apresentavam ferimentos por arma de fogo, um por arma branca e outro sofreu queimaduras causadas por fogos de artifício. Três deles receberam alta médica pouco tempo depois, enquanto um permanece internado devido à gravidade dos ferimentos. Através da análise de imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, cinco suspeitos foram identificados. O delegado responsável pelo caso, Derick Moura Jorge, solicitou a prisão preventiva dos envolvidos ou, alternativamente, a aplicação de medidas cautelares. O Poder Judiciário, após parecer do Ministério Público, optou pelas medidas cautelares, considerando-as mais adequadas no momento.
As medidas impostas aos suspeitos são:
Proibição de frequentar estádios de futebol e suas imediações em um raio de 5 km em dias de jogos;
Obrigação de comparecimento ao Batalhão da Polícia Militar nos dias de jogos dos respectivos times, permanecendo desde 30 minutos antes do início até 30 minutos após o término da partida;
Proibição de participação em atividades de torcidas organizadas, com suspensão imediata de qualquer vínculo;
Obrigação de manter o endereço atualizado junto às autoridades;
Proibição de se ausentar da comarca de residência, exceto a trabalho e com autorização judicial prévia.
O delegado Derick Moura Jorge enfatizou que o descumprimento de qualquer uma dessas medidas resultará na imediata decretação da prisão preventiva dos suspeitos. As investigações continuam com o objetivo de identificar outros participantes do confronto. A Polícia Civil solicita que qualquer informação relevante seja repassada ao 2º Distrito Policial de Ponta Grossa, garantindo-se o anonimato do informante.
Em resposta ao ocorrido, a torcida organizada "Mancha Verde" de Ponta Grossa emitiu uma nota oficial lamentando o incidente e repudiando atos de violência. A nota destaca que a organização não incentivou, organizou ou participou do confronto e que não pode ser responsabilizada por ações isoladas de alguns torcedores que desrespeitam os princípios de respeito e paz promovidos pela torcida. A "Mancha Verde" reafirmou seu compromisso com a segurança e a convivência pacífica entre torcedores e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis pelo lamentável episódio.
Este incidente ressalta a necessidade de medidas mais rigorosas para coibir a violência associada às torcidas organizadas no Brasil. A colaboração entre autoridades, clubes e torcedores é essencial para promover um ambiente seguro e pacífico nos eventos esportivos, garantindo que o futebol permaneça uma fonte de entretenimento e união, livre de episódios violentos que mancham a imagem do esporte e colocam vidas em risco.
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