• Curitiba, 03/03/2025
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Tarcísio de Freitas critica denúncia da PGR contra Bolsonaro e aponta ‘revanchismo’ e ‘forçação de barra’

Governador de São Paulo defende Bolsonaro e questiona a denúncia da PGR, classificando-a como uma tentativa de revanchismo político.

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Tarcísio de Freitas critica denúncia da PGR contra Bolsonaro e aponta ‘revanchismo’ e ‘forçação de barra’ Tarcísio de Freitas durante evento em Mogi das Cruzes, onde comentou sobre a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro como uma "forçação de barra" e um ato de "revanchismo". A denúncia acusa Bolsonaro de tramar um golpe de Estado para se manter no poder após as eleições de 2022. As declarações de Tarcísio foram feitas durante um evento em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde o governador participou da inauguração de uma praça.

Tarcísio afirmou ter ouvido os áudios obtidos pela Polícia Federal e declarou que "nada que é apresentado mostra uma conexão". Ele enfatizou que, em sua opinião, não há elementos que justifiquem as acusações contra Bolsonaro. Além disso, o governador destacou que considera a denúncia uma tentativa de retaliação política, sugerindo que há motivações além das jurídicas por trás das acusações.

A denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, acusa Bolsonaro de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada. Se condenado por todas as acusações, o ex-presidente pode enfrentar penas que totalizam até 43 anos de prisão, além de uma possível extensão de sua inelegibilidade além dos oito anos já estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Entre as evidências apresentadas na denúncia estão documentos conhecidos como "minuta do golpe", que detalhariam planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Esses documentos foram encontrados em locais como a residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e na sede do Partido Liberal, utilizado por Bolsonaro. Além disso, depoimentos de militares de alta patente indicam que tais planos foram discutidos em reuniões com os comandantes das Forças Armadas em dezembro de 2022.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou recentemente sobre a denúncia, afirmando que a investigação aponta para uma "aparente articulação para um golpe de Estado", embora ressalte que isso ainda precisa ser confirmado à luz das provas apresentadas. Barroso destacou a importância de uma análise cuidadosa das evidências para assegurar a justiça e a manutenção do Estado Democrático de Direito.

Em resposta às acusações, Bolsonaro negou qualquer envolvimento em planos golpistas e afirmou não estar preocupado com as denúncias. O ex-presidente declarou que não há fundamentos nas acusações e que confia no sistema judiciário para esclarecer os fatos. Seus advogados também têm reiterado a inocência de Bolsonaro e criticado o que consideram ser uma perseguição política.

A denúncia da PGR também inclui outras 33 pessoas, entre elas ex-ministros, assessores e militares, acusados de participação na suposta trama golpista. O Supremo Tribunal Federal analisará a denúncia e decidirá se aceita as acusações, o que levaria à abertura de ações penais contra os envolvidos. O processo tem gerado debates intensos no cenário político brasileiro, refletindo a polarização existente no país.

A defesa de Bolsonaro e de outros acusados argumenta que as evidências apresentadas são insuficientes e que as acusações têm caráter político. Por outro lado, setores da sociedade civil e representantes de instituições democráticas enfatizam a necessidade de apuração rigorosa dos fatos para garantir a responsabilização de possíveis atos contra a ordem constitucional.

O desenrolar desse processo poderá ter implicações significativas para o futuro político do Brasil, especialmente considerando as eleições previstas para 2026. A eventual condenação de Bolsonaro e de seus aliados pode redefinir o cenário político e influenciar as estratégias dos partidos e candidatos nos próximos pleitos. Enquanto isso, a sociedade brasileira acompanha atentamente os desdobramentos, buscando por transparência e justiça no tratamento das acusações.














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