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Curitiba,26/04/2025

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    PF aponta que Bruno Henrique e irmão combinaram cartão amarelo para lucrar com apostas

    Atacante do Flamengo e familiares são indiciados por fraude em competição esportiva; caso envolve partida contra o Santos, em 2023

    Portal de Notícias de Curitiba.
    PF aponta que Bruno Henrique e irmão combinaram cartão amarelo para lucrar com apostas Bruno Henrique durante jogo do Flamengo em 2023 — Crédito: Marcelo Cortes / CRF

    Diálogos obtidos pela Polícia Federal (PF) revelam indícios de que o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, teria combinado com seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, o recebimento intencional de um cartão amarelo durante uma partida oficial, com o objetivo de lucrar em apostas esportivas. A informação foi divulgada nesta terça-feira (15) e confirmada pela PF, que indiciou ambos na segunda-feira (14) por suspeita de fraude em competição esportiva.


    A investigação tem como foco principal o jogo entre Flamengo e Santos, realizado em Brasília no início de novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro. Segundo os investigadores, Bruno Henrique teria avisado com antecedência o irmão sobre o plano de receber o terceiro cartão amarelo, o que poderia suspender o atleta para a próxima rodada e, ao mesmo tempo, gerar ganhos financeiros por meio de apostas.


    Mensagens apontam conhecimento prévio sobre o cartão


    As mensagens analisadas pela Polícia Federal demonstram a articulação da suposta fraude. Em uma troca de agosto de 2023, Wander questiona se o jogador estava com dois cartões acumulados. Após confirmação, Wander menciona: “Quando o pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk”, ao que Bruno Henrique responde: “Contra o Santos”.


    O irmão então menciona a data de 29 de outubro e questiona se Bruno Henrique conseguiria evitar o cartão até lá. O atacante responde: “Não vou reclamar”, e em seguida: “Só se eu entrar forte em alguém”, em tom que, para os investigadores, sugere intencionalidade. Wander, por sua vez, afirma que já iria “guardar o dinheiro” e que seria um “investimento com sucesso”.



    Parentes também são investigados por apostas


    Além de Bruno Henrique e Wander, outras oito pessoas foram indiciadas, incluindo a esposa de Wander, Ludymilla Araujo Lima, e uma prima do atleta, Poliana Ester Nunes Cardoso. Todos são suspeitos de terem apostado especificamente na punição do jogador com cartão amarelo na partida mencionada.


    A operação da PF, em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Distrito Federal, ocorreu em novembro de 2024. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Ninho do Urubu — centro de treinamento do Flamengo, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro — e na residência do jogador, onde foram recolhidos aparelhos eletrônicos.


    Suspeita partiu de análise de integridade internacional


    A possível manipulação no jogo foi inicialmente detectada por órgãos internacionais de integridade no esporte. O relatório foi produzido pela International Betting Integrity Association (IBIA) e pela Sportradar, que identificaram movimentações atípicas nas apostas relacionadas ao cartão de Bruno Henrique naquela partida. A suspeita foi encaminhada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao Ministério da Fazenda.


    No duelo em questão, Bruno Henrique recebeu o cartão aos 50 minutos do segundo tempo, em uma jogada que chamou a atenção dos analistas pela sua aparente falta de necessidade tática naquele momento da partida.


    Flamengo e jogador adotam silêncio; clube cita presunção de inocência


    Procurada, a assessoria de imprensa de Bruno Henrique informou que o atleta não irá se manifestar sobre o caso. Familiares do jogador também não foram localizados para comentar o indiciamento.


    Em nota oficial, o Flamengo declarou que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades sobre o inquérito, mas reforçou o compromisso com o fair play esportivo. O clube também destacou a importância do respeito ao princípio constitucional da presunção de inocência:



    “O clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”, disse o Flamengo em nota.



    Investigação segue em andamento


    Até o momento, a Polícia Federal não divulgou novas informações sobre o andamento do inquérito, tampouco informou se há outras partidas sob investigação com possível participação de jogadores profissionais. A expectativa é que o caso tenha desdobramentos tanto na esfera criminal quanto desportiva, com possíveis punições aos envolvidos conforme a conclusão das apurações.


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