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Curitiba,28/04/2025

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    Tiroteio contra Sargento Portugal expõe escalada da violência política no Brasil

    Deputado federal foi alvo de mais de 30 disparos enquanto cumpria agenda pública no Rio de Janeiro; caso levanta alerta sobre segurança de parlamentares e liberdade democrática

    Portal de Notícias de Curitiba.
    Tiroteio contra Sargento Portugal expõe escalada da violência política no Brasil Deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ), alvo de atentado na zona oeste do Rio. Crédito: Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação

    Na manhã da última quinta-feira (17), um atentado a tiros contra o deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ) chamou a atenção do país. O episódio, ocorrido na Avenida Antares, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, é mais um sinal alarmante da escalada da violência política no Brasil. O veículo blindado onde o parlamentar estava foi atingido por pelo menos 11 dos mais de 30 disparos efetuados, segundo testemunhas. O caso está sendo investigado pela 36ª Delegacia de Polícia do Rio e já gerou manifestações de repúdio por parte de lideranças políticas e do partido Podemos.

    Atentado em plena agenda oficial

    Sargento Portugal, que também é policial militar, estava na região para participar da inauguração de um projeto social quando teve o carro alvejado. Ao lado dele, estava o advogado e também policial licenciado Fábio Tobias, que relatou que os tiros foram disparados por traficantes da região. "Foram mais de 30 tiros, e 11 atingiram o carro. Por sorte, o veículo é blindado. Poderia ter sido uma tragédia", afirmou Tobias. A Polícia Militar confirmou que foi acionada e constatou os disparos no local. Em nota, informou que o carro alvejado era blindado e que o local segue sob monitoramento.

    Reação nas redes e nos bastidores políticos

    O próprio deputado se pronunciou nas redes sociais. "A tentativa de intimidação foi clara. Atacaram meu carro. Mais uma vez, tentaram tirar minha vida. Esse é o preço que se paga por lutar por vocês, por rasgar o verbo. Querem calar a minha voz", escreveu Portugal. O Podemos, partido do parlamentar, divulgou uma nota oficial assinada pela presidente nacional Renata Abreu e pelo presidente municipal Marcos Dias. "Repudiamos esse ato covarde contra um parlamentar no exercício do seu mandato. A democracia não pode conviver com a intimidação violenta de seus representantes", diz o comunicado.

    Violência política em crescimento no Brasil

    O atentado contra Sargento Portugal não é um caso isolado. Segundo dados da organização não governamental Terra de Direitos e da Justiça Global, o Brasil registrou mais de 200 casos de violência política apenas entre 2022 e 2023. Esses casos envolvem ameaças, agressões, tentativas de homicídio e assassinatos de lideranças políticas e sociais. O fenômeno afeta diretamente a liberdade de expressão, a atuação institucional e o direito do eleitor de ser representado com segurança e autonomia.

    Paralelos com Curitiba e a segurança de parlamentares

    Em Curitiba e no Paraná, embora o nível de criminalidade seja inferior ao de algumas regiões metropolitanas do Sudeste, lideranças políticas também relatam ameaças e dificuldades para exercer o mandato em algumas áreas dominadas por facções. Em 2021, por exemplo, vereadores da capital paranaense denunciaram pressões por meio de redes sociais e ligações anônimas após votações polêmicas. Para especialistas em segurança, o Brasil precisa rever com urgência as condições de proteção a agentes públicos, especialmente aqueles que atuam em regiões de risco.

    Desdobramentos e investigação

    A Polícia Civil do Rio afirmou que está conduzindo diligências para apurar as circunstâncias do ataque e identificar os autores. Fontes ligadas à investigação afirmaram que a região de Antares é conhecida pelo forte controle de facções criminosas, o que eleva a suspeita de que o ataque tenha sido uma tentativa de silenciamento político ou retaliação a posicionamentos do parlamentar. Ainda não há confirmação oficial sobre a motivanção do crime, mas a hipótese de emboscada está entre as principais.

    Reflexão sobre a democracia e os limites da violência

    Casos como o de Sargento Portugal mostram que a violência política não conhece fronteiras ideológicas. Trata-se de uma afronta à própria estrutura democrática do país, que pressupõe o livre exercício do mandato, a segurança institucional e a liberdade de opinião. O Parlamento, seja municipal, estadual ou federal, deve ser um espaço de debates e não um campo de ameaças. A sociedade brasileira precisa encarar com seriedade a necessidade de proteger seus representantes legais, independentemente de suas posições políticas.

    Conclusão

    O atentado contra Sargento Portugal reacende o debate sobre a segurança dos parlamentares no Brasil e a violência que atinge não apenas os indivíduos, mas a democracia como um todo. Em tempos de polarização e instabilidade, garantir que representantes eleitos possam exercer suas funções sem medo é fundamental para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito. Cabe agora às autoridades investigar com rapidez, punir os responsáveis e ampliar as medidas de segurança em áreas de risco.

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