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Curitiba,26/04/2025

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    Piscina abandonada na Zona Norte de Porto Alegre preocupa moradores e aumenta alerta contra dengue

    Em meio ao aumento dos casos de dengue no Rio Grande do Sul, piscina desativada há 15 anos no bairro Sarandi se torna motivo de temor entre a comunidade, que cobra medidas mais eficazes das autoridades para combater focos do mosquito.

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    Piscina abandonada na Zona Norte de Porto Alegre preocupa moradores e aumenta alerta contra dengue Piscina desativada há cerca de 15 anos preocupa moradores da Vila Elizabeth, na Zona Norte de Porto Alegre, por risco de proliferação do mosquito da dengue. Crédito padrão: Foto: RBS TV/Reprodução


    O cenário que se repete há anos na Zona Norte de Porto Alegre ganhou contornos ainda mais preocupantes em 2024. Em uma região já bastante afetada pela epidemia de dengue, uma piscina abandonada dentro de um centro comunitário na Vila Elizabeth, bairro Sarandi, tornou-se foco de preocupação e angústia para centenas de moradores. O temor é que a água parada no local esteja facilitando a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, especialmente em meio ao aumento expressivo de casos registrado no estado e em todo o Brasil. O problema, que se arrasta há cerca de 15 anos, escancara um desafio de saúde pública e evidencia a necessidade de respostas rápidas e eficazes das autoridades.




    Piscina desativada há 15 anos se transforma em possível foco de dengue


    Na Rua Vinte e Oito de Setembro, o antigo Centro de Comunidade da Vila Elizabeth (Cecove) há tempos deixou de ser um espaço de lazer. O local, que já foi ponto de encontro de famílias e crianças, está fechado para o público desde meados de 2009. De lá para cá, pouco restou além de paredes pichadas, mato crescendo e, principalmente, a grande piscina que, sem manutenção, acumulou água parada em diversos pontos. Com a explosão dos casos de dengue em Porto Alegre – que já ultrapassa 24 mil registros só em 2024, segundo a Secretaria Municipal da Saúde –, a presença da piscina abandonada causou ainda mais apreensão.


    A situação chamou atenção dos próprios moradores, que decidiram agir. “Usei uma escada que tenho em casa para ver como estava lá dentro, já que o acesso é fechado. Tive a triste surpresa de ver água parada na piscina, num período em que tanta gente está sofrendo com a dengue”, relata Tadeu Silva, líder comunitário. Segundo ele, a preocupação aumentou porque ao redor do Cecove funcionam uma creche, uma escola e até um posto de saúde, além do ponto de ônibus mais movimentado do bairro. “Já conversei com funcionários da creche e, pelo menos, quatro deles estão com dengue. Motoristas e cobradores do ônibus aqui do bairro também foram afastados por causa da doença”, completa.




    Impacto na comunidade e proximidade de locais sensíveis


    O temor dos moradores não é infundado. A proximidade entre a piscina desativada e equipamentos públicos essenciais, como a creche, escola e posto de saúde, amplia os riscos para toda a vizinhança. Crianças, profissionais da educação e saúde, bem como passageiros do transporte coletivo, circulam diariamente pelo entorno, aumentando a chance de contaminação.


    O caso do Cecove exemplifica uma situação recorrente em diversas cidades brasileiras, onde a falta de manutenção de áreas públicas acaba criando novos desafios para a saúde coletiva. “A gente se sente desamparado. O poder público precisa agir mais rápido e manter esses locais em condições seguras, principalmente numa época em que a dengue está fora de controle”, desabafa Mariana Ferreira, mãe de dois alunos da escola vizinha ao centro comunitário.




    Resposta das autoridades e medidas tomadas


    Após as denúncias e mobilização dos moradores, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL) reconheceu a gravidade da situação. Em nota, o órgão informou que realizou o esvaziamento das piscinas no Cecove e programou a aplicação de larvicida, com apoio da Vigilância em Saúde, tanto ali quanto em outras piscinas sob responsabilidade da prefeitura. Apesar disso, reportagem da RBS TV mostrou que, mesmo após a operação, ainda havia pontos de água parada na piscina, preocupando quem vive ao redor.


    Segundo a prefeitura, a orientação é que qualquer cidadão que identificar piscinas ou áreas com água parada em situação de abandono formalize a reclamação pelo telefone 156, da Central do Cidadão. A administração municipal também informou que o espaço do Cecove foi afetado pelas enchentes do ano passado e está atualmente em obras de reconstrução, o que teria dificultado a manutenção do local.




    Aumento dos casos de dengue: um alerta nacional


    O drama vivido pela comunidade da Vila Elizabeth reflete um problema ainda maior no Brasil. Só em 2024, o país já ultrapassou a marca de 4 milhões de casos prováveis de dengue, com mais de 2.000 mortes confirmadas, segundo dados do Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, Porto Alegre lidera o ranking de municípios com maior incidência, colocando a capital gaúcha em situação de alerta máximo.


    Especialistas em saúde pública apontam que a eliminação de criadouros é a medida mais eficaz para conter o avanço do mosquito. “Locais como piscinas desativadas, caixas d’água destampadas e pneus abandonados são ambientes perfeitos para a proliferação do Aedes aegypti. A população deve redobrar a atenção e cobrar ações rápidas do poder público”, alerta a infectologista Camila Souza, da Universidade Federal do Paraná.




    Mobilização da comunidade e desafios para o futuro


    Além da cobrança por ações imediatas das autoridades, os moradores da Vila Elizabeth também se organizaram em mutirões para mapear e denunciar outros possíveis criadouros do mosquito na região. Iniciativas desse tipo têm ocorrido em diversos bairros de Porto Alegre e em cidades do interior do Paraná, mostrando o engajamento da sociedade frente à crise.


    O desafio, porém, vai além da mobilização local. Com o aumento dos episódios climáticos extremos – como as enchentes recentes no RS – e a dificuldade de manter áreas públicas em condições adequadas, o combate à dengue exige estratégias integradas entre prefeitura, governo estadual, Ministério da Saúde e participação ativa dos cidadãos.




    Conclusão


    A história da piscina abandonada no Cecove, em Porto Alegre, revela como pequenas negligências podem trazer grandes riscos para a saúde de toda uma comunidade. O aumento dos casos de dengue reforça a urgência de políticas públicas eficientes, fiscalização contínua e educação da população sobre a importância de eliminar criadouros do mosquito. Em meio ao desafio coletivo de combater a dengue, o caso serve de alerta não só para Porto Alegre, mas para todo o Brasil: prevenção e ação rápida podem salvar vidas.




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