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Curitiba,26/04/2025

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    Como migrar dívidas para o Crédito do Trabalhador e pagar menos juros

    Programa inédito do governo federal promete aliviar o bolso de trabalhadores com carteira assinada. Saiba como fazer a portabilidade de empréstimos e entenda o que muda para quem vive em Curitiba, no Paraná e no restante do Brasil.

    Portal de Notícias de Curitiba.
    Como migrar dívidas para o Crédito do Trabalhador e pagar menos juros Movimento intenso em agência bancária na região central de Curitiba; trabalhadores já podem migrar dívidas para o novo Crédito do Trabalhador. Crédito: Foto: Daniel Castellano / SMCS

    Você sabia que pode pagar bem menos juros em empréstimos consignados e no crédito direto ao consumidor (CDC)? Desde esta sexta-feira (25), milhares de trabalhadores de Curitiba, do Paraná e de todo o país podem migrar suas dívidas para o novo Programa Crédito do Trabalhador. Em tempos de orçamento apertado, a novidade surge como um alívio para quem está sufocado com altas taxas de juros e precisa organizar as finanças. Mas afinal, como funciona a portabilidade das dívidas, quais as vantagens e o que muda na prática para quem tem carteira assinada? O Portal preparou um guia exclusivo, detalhado e atualizado para tirar todas as dúvidas e mostrar como aproveitar as melhores condições do mercado financeiro atual.




    O que é o Programa Crédito do Trabalhador?


    Lançado pelo governo federal em abril de 2025, o Programa Crédito do Trabalhador tem como objetivo facilitar o acesso a crédito mais barato para trabalhadores com carteira assinada (CLT). Ele permite que empregados do setor privado troquem dívidas caras, como empréstimos consignados antigos e CDCs, por novas linhas de crédito com juros reduzidos. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 70 instituições financeiras já estão autorizadas a oferecer a troca de dívidas diretamente em seus aplicativos e sites.


    No Paraná, bancos tradicionais, cooperativas de crédito regionais e fintechs já aderiram ao programa. Curitiba, que concentra grandes empresas e milhares de trabalhadores CLT, está entre as capitais com maior potencial de adesão. O governo estima que até julho, mais de 100 mil contratos podem ser firmados no estado.




    Quais dívidas podem ser migradas?


    Por enquanto, só podem ser migradas dívidas de empréstimo consignado (descontado em folha) ou de crédito direto ao consumidor (CDC). O trabalhador interessado contrata um novo empréstimo consignado pelo Programa Crédito do Trabalhador, e com o valor liberado, quita a dívida anterior, passando a pagar parcelas menores graças à redução dos juros.


    Vale lembrar que o benefício só é vantajoso se as novas taxas forem realmente menores. O CDC, por exemplo, costuma ter juros entre 7% e 8% ao mês. Já o Crédito do Trabalhador oferece taxas a partir de 1,6% ao mês, chegando em média a pouco acima de 3% ao mês — uma economia significativa, principalmente em contratos longos ou valores elevados.




    Como funciona a migração das dívidas? Passo a passo


    O procedimento é simples, mas exige atenção aos detalhes:




    1. Consulta e simulação:

      O trabalhador deve acessar o site ou aplicativo do banco onde possui o empréstimo atual e verificar se já há a opção de migração para o Crédito do Trabalhador. Simule as condições e compare as taxas de juros.




    2. Solicitação da portabilidade:

      Se as condições forem vantajosas, solicite a troca. O banco fará uma análise de crédito e, se aprovado, liberará o novo consignado para quitar a dívida antiga.




    3. Quitação e novo contrato:

      Após a quitação, você passa a pagar parcelas menores, conforme o novo contrato.




    4. Margem consignável:

      Se ainda houver espaço na margem consignável (até 35% do salário), é possível solicitar novo crédito, se necessário.




    No momento, a portabilidade só pode ser feita no mesmo banco. A partir de maio, será possível migrar dívidas entre bancos diferentes, aumentando a concorrência e as chances de encontrar melhores taxas.




    O que muda para Curitiba e Paraná


    Curitiba está entre as cidades brasileiras com maior número de trabalhadores CLT, segundo o IBGE. O estado do Paraná figura entre os cinco com maior volume de contratos do novo programa. De acordo com o Ministério do Trabalho, até 24 de abril foram firmados 1.510.542 contratos em todo o Brasil, somando R$ 8,2 bilhões em empréstimos. O valor médio por contrato chega a R$ 5.491,66, em até 16 parcelas e prestação média de R$ 335,51.


    No Paraná, cooperativas como Sicredi, Sicoob e bancos como Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander já estão habilitados a operar a linha. Muitos trabalhadores da indústria, comércio e serviços em Curitiba têm buscado a migração para economizar no orçamento familiar, especialmente diante do aumento do custo de vida na capital.




    Novas etapas e próximos passos


    A partir de maio, será permitida a portabilidade entre bancos diferentes, dando ainda mais liberdade para o trabalhador escolher a instituição financeira que oferece as melhores condições. Outra novidade é que, além de consignados e CDC, será possível contratar o Crédito do Trabalhador para quitar dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito — mas, nesses casos, será necessário renegociar a dívida primeiro.


    Toda a gestão do programa, incluindo a concessão dos novos empréstimos e a migração das dívidas, está sob responsabilidade da Dataprev, com monitoramento diário do Ministério do Trabalho sobre taxas de juros e perfil dos contratantes. Em caso de dúvidas, os trabalhadores podem buscar orientação em sindicatos, Procon-PR e órgãos de defesa do consumidor de Curitiba.




    Cuidados e dicas para quem pretende migrar dívidas


    Antes de contratar um novo empréstimo, é fundamental:




    • Comparar as taxas: Pesquise em diferentes bancos e simule os valores finais.




    • Avaliar o orçamento: Certifique-se de que a nova parcela cabe no seu bolso, evitando endividamento excessivo.




    • Verificar o CET (Custo Efetivo Total): Além dos juros, atente-se para taxas administrativas e seguros.




    • Evitar golpes: Nunca forneça dados pessoais ou bancários fora dos canais oficiais das instituições.




    A orientação de especialistas é que a troca só vale a pena se garantir redução real do valor pago, alívio financeiro e, se possível, redução do prazo da dívida.




    Conclusão


    O Programa Crédito do Trabalhador representa uma alternativa concreta para reduzir o peso dos juros no orçamento de quem tem carteira assinada em Curitiba, no Paraná e em todo o Brasil. Com a concorrência entre bancos e fintechs, as taxas tendem a cair ainda mais nos próximos meses. Para o trabalhador, informação e cautela são aliados na hora de migrar as dívidas, buscando sempre o melhor custo-benefício. Fique atento às datas e às condições para não perder a oportunidade de reorganizar sua vida financeira e respirar mais aliviado.




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