Adolescente morre atropelado por ônibus biarticulado em Curitiba: o perigo invisível da ‘rabeira’ na Linha Verde
Tragédia na Linha Verde expõe riscos da prática de ‘rabeira’ em ônibus biarticulado em Curitiba

É impossível não se abalar diante da notícia de que um adolescente de apenas 15 anos perdeu a vida de maneira tão trágica em Curitiba. O caso do jovem Lucas Vicente Machado, que morreu atropelado por um ônibus biarticulado enquanto pegava “rabeira” – uma prática arriscada, comum entre jovens, que consiste em se agarrar ao veículo em movimento – gerou comoção na cidade e levantou um importante debate sobre segurança, prevenção e conscientização. A dor da família e dos amigos se mistura à preocupação de toda a sociedade: como evitar que tragédias como essa voltem a acontecer?
O que aconteceu na Linha Verde, no bairro Xaxim?
No início da noite de sábado (26), o cenário era típico da movimentada Linha Verde, um dos principais corredores de transporte de Curitiba. Ali, o adolescente tentava pegar “rabeira” em um ônibus biarticulado, mas foi surpreendido por outro coletivo que trafegava na canaleta oposta. Segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil, Lucas Vicente Machado foi atingido de forma grave e, apesar do rápido socorro e encaminhamento ao Hospital do Trabalhador, não resistiu aos ferimentos.
Esse acidente, envolvendo um ônibus biarticulado, deixou não apenas uma família em luto, mas uma cidade inteira em alerta sobre os perigos invisíveis presentes na rotina urbana.
A prática da ‘rabeira’: Por que ela é tão comum?
No início do desenvolvimento do texto, é fundamental abordar a palavra-chave ônibus biarticulado para reforçar a importância do tema. A prática de pegar “rabeira” é antiga e, infelizmente, ainda faz parte do dia a dia de muitos adolescentes nas grandes cidades, incluindo Curitiba. Por trás desse comportamento, estão a busca por aventura, a pressão do grupo e, muitas vezes, a falta de informação sobre os riscos reais dessa conduta.
Muitos jovens veem na “rabeira” um desafio ou uma brincadeira, sem calcular as graves consequências. É uma prática perigosa que pode resultar em acidentes fatais, como no caso do Lucas.
Entenda os riscos de pegar ‘rabeira’ em ônibus biarticulado
Pegando carona nos ônibus biarticulados que circulam em canaletas exclusivas, adolescentes se expõem a perigos que vão além do óbvio. O risco de queda, atropelamento, esmagamento e até mutilações é altíssimo.
Além disso, há fatores que tornam a canaleta um ambiente ainda mais perigoso:
Velocidade elevada dos ônibus.
Tráfego intenso e em sentido duplo.
Visibilidade limitada para motoristas e pedestres.
Impossibilidade de frenagem imediata devido ao peso e tamanho dos ônibus biarticulados.
A circulação de pessoas e bicicletas nas canaletas é proibida exatamente por esses motivos.
A dor de uma família e o impacto na comunidade
A perda de um filho é uma dor impossível de mensurar. Familiares, amigos e colegas de Lucas vivem o luto e buscam respostas. Nas redes sociais, o sentimento predominante é de tristeza, indignação e pedido por mais atenção à segurança dos jovens.
A tragédia também serviu como alerta para pais, educadores e autoridades sobre a necessidade de conversar abertamente sobre os perigos das ruas e a importância do autocuidado.
Ações das autoridades e resposta da sociedade
Após o acidente, a Urbanização de Curitiba (Urbs) lamentou publicamente a morte do adolescente e reforçou a necessidade de ações educativas. Segundo nota oficial, campanhas para alertar ciclistas e pedestres sobre os riscos de circular nas canaletas são constantes, com apoio da Guarda Municipal e da Delegacia do Adolescente.
Além disso, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) convocou uma manifestação na Câmara Municipal, cobrando medidas urgentes para evitar novos acidentes e proteger tanto passageiros quanto trabalhadores do transporte coletivo.
Ônibus biarticulado: Como funciona esse modal e por que exige tanta atenção?
Os ônibus biarticulados são veículos de grande porte, típicos do sistema de transporte rápido de Curitiba. Com capacidade para centenas de passageiros, eles trafegam em canaletas exclusivas, o que garante rapidez, mas exige extrema atenção à sinalização e à segurança.
Palavra-chave principal: ônibus biarticulado.
Seus principais diferenciais são:
Capacidade de transportar um grande número de passageiros.
Circulação em vias dedicadas (canaletas).
Menor tempo de espera e deslocamento.
No entanto, por seu tamanho e velocidade, qualquer desatenção pode resultar em acidentes graves, especialmente se pedestres ou ciclistas invadirem a pista exclusiva.
Medidas de prevenção e o papel da educação
Prevenir acidentes como esse vai muito além da fiscalização. É preciso investir em educação, diálogo e conscientização. Entre as ações necessárias, destacam-se:
Campanhas de conscientização nas escolas e comunidades, mostrando as consequências reais da “rabeira”.
Sinalização clara e reforçada nas canaletas e pontos de ônibus.
Ações educativas integradas, com participação de pais, professores, motoristas e autoridades.
Criação de espaços seguros para lazer e deslocamento de jovens, diminuindo o apelo de práticas perigosas.
O que diz a lei sobre circulação em canaletas exclusivas de ônibus biarticulado?
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e normas municipais, a circulação de pedestres e ciclistas nas canaletas de ônibus biarticulado é proibida. A infração pode resultar em multa, advertência e, principalmente, serve para preservar vidas.
Essas normas são constantemente reforçadas, mas a colaboração da comunidade é essencial para garantir que sejam cumpridas.
Como pais e responsáveis podem proteger os jovens?
Nada substitui o diálogo aberto em casa. Conversar com filhos e adolescentes sobre os perigos do trânsito, explicar as razões das proibições e mostrar exemplos reais – como o caso de Lucas – são estratégias fundamentais para evitar acidentes.
Algumas dicas práticas:
Acompanhe o trajeto dos filhos até a escola.
Oriente sobre os pontos de embarque e desembarque seguros.
Fique atento ao comportamento e às amizades.
Incentive o respeito às regras de trânsito desde cedo.
O papel da escola e da comunidade na prevenção
As escolas também desempenham papel crucial na formação cidadã dos jovens. Projetos de educação para o trânsito, rodas de conversa e dinâmicas que simulem situações reais podem fazer a diferença na percepção dos riscos.
A comunidade, por sua vez, pode apoiar denunciando práticas perigosas e participando de campanhas educativas.
A importância do acolhimento após a tragédia
Após um acidente como esse, é fundamental oferecer acolhimento à família e aos colegas da vítima. O sofrimento coletivo pode ser amenizado com apoio psicológico, redes de solidariedade e espaços de escuta.
O luto, embora pessoal, também pode gerar movimentos positivos de transformação, levando a sociedade a repensar hábitos e atitudes.
O que pode mudar para evitar novas tragédias com ônibus biarticulado em Curitiba?
O caso de Lucas Vicente Machado não pode ser apenas mais um número nas estatísticas. Ele precisa servir de alerta para mudanças reais, tanto no comportamento individual quanto em políticas públicas. A união de esforços entre poder público, escolas, famílias e empresas de transporte é a única forma de transformar dor em prevenção.
Resumo dos principais pontos do artigo
Adolescente de 15 anos morreu ao ser atropelado por ônibus biarticulado em Curitiba enquanto pegava “rabeira”.
Prática da “rabeira” é comum, mas extremamente perigosa e ilegal.
Canaletas são vias exclusivas e proibidas para pedestres e ciclistas.
Autoridades reforçam a necessidade de ações educativas e preventivas.
Pais, escolas e comunidade têm papel fundamental na orientação dos jovens.
Tragédia escancara urgência de transformar conscientização em atitudes para evitar novas perdas.
Conclusão
O acidente envolvendo o ônibus biarticulado e o jovem Lucas Vicente Machado é uma daquelas tragédias que ninguém gostaria de ver se repetir. Mais do que números, estamos falando de vidas interrompidas, sonhos desfeitos e famílias marcadas pela dor. É hora de transformar o luto em ação, de olhar para nossos filhos, amigos e alunos com mais atenção e cuidado. Que o exemplo de Lucas seja um chamado à responsabilidade coletiva para que a cidade de Curitiba seja um lugar mais seguro para todos, especialmente para os jovens que estão apenas começando a viver.
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