Imagine trabalhar em uma biblioteca, em uma manhã comum, e de repente ficar sem energia, sem sinal de celular e com filas gigantescas para comprar pão e bananas. Foi essa a realidade enfrentada por brasileiros que estavam na Espanha nesta segunda-feira (28), quando um apagão elétrico atingiu quase toda a Península Ibérica, levando a Espanha a decretar estado de emergência. A situação também afetou Portugal e deixou ruas, estabelecimentos e aeroportos em verdadeiro caos.

O apagão e o estado de emergência

Nesta segunda-feira (28), a Espanha decretou estado de emergência após um blecaute que deixou regiões inteiras da Península Ibérica sem eletricidade. Portugal também foi afetado.

Impacto imediato: estabelecimentos fechados e filas

Thiago Megale, publicitário brasileiro que vive em Madri há três anos, relatou que trabalhava em uma biblioteca próxima de casa quando tudo ficou às escuras. No início, achou que fosse uma pane temporária. Ao sair às ruas, percebeu a gravidade: supermercados fechados, frutarias e padarias abarrotadas e vendas somente em dinheiro.

“Três coisas viraram relíquia: banana, pão e vela”, contou Megale.

Sem conexão móvel e com rumores sobre ataques cibernéticos, o clima nas filas era de tensão. Megale, que comanda uma agência de comunicação com clientes no Brasil e na Espanha, precisou lidar com um dia inteiro sem contato com sua equipe.

Sinal e energia: restabelecimento parcial e tardio

O 5G voltou de forma instável por volta das 21h em Madri (16h em Brasília). A energia elétrica foi restabelecida apenas às 22h (17h em Brasília), permitindo que moradores e visitantes entendessem melhor a dimensão do ocorrido.

Turistas brasileiros também enfrentam dificuldades

O empresário Edson Galdino, de Aracaju, viajava com a esposa para Madri no dia do apagão. Eles souberam do problema ainda no Aeroporto de Orly, em Paris. O voo para Madri foi atrasado em uma hora.

“Chegando em Madri, percebemos o caos: metrô sem funcionar, ruas escuras, algumas áreas do aeroporto operando precariamente”, relatou Galdino.

Através de ônibus, o casal conseguiu chegar ao hotel, mas enfrentou um cenário de instabilidade e insegurança.

Comércio e serviços paralisados

Durante o apagão:

• Supermercados e lojas fecharam ou funcionaram somente à luz de velas.

• Transações só eram feitas em dinheiro.

• Aplicativos de transporte ficaram fora do ar.

• Hospitais operaram em regime de emergência.

Possíveis causas e investigações

Até o momento, autoridades espanholas e portuguesas investigam as causas do apagão. Rumores sobre ataque cibernético circularam entre a população, mas não foram confirmados oficialmente.

Reflexão sobre a dependência tecnológica

O apagão escancarou a dependência da sociedade moderna de serviços elétricos e conexão à internet. Em cidades como Curitiba, onde o avanço da tecnologia é constante, o episódio serve de alerta para a necessidade de planos de contingência.

Consequências para o futuro

Especialistas já discutem medidas para reforçar a infraestrutura elétrica da Península Ibérica. No Brasil, onde a estabilidade elétrica também é uma preocupação, eventos como este trazem reflexões importantes para Curitiba e outras capitais.

Conclusão

O apagão que atingiu Espanha e Portugal revelou a fragilidade dos sistemas essenciais em um mundo altamente conectado. Para brasileiros que moram ou visitavam a região, o episódio trouxe transtornos e lições sobre resiliência e adaptação.

Em Curitiba, iniciativas de fortalecimento da rede elétrica e de comunicação podem se beneficiar da análise desse episódio internacional.

Encerramento:

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